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UMBANDA E OS ORIXÁS

 

A Umbanda acredita em apenas um Deus, ser Criador de tudo e de todos.

Os Orixás são divendades seres criador por Deus ,são energias, presentes em tudo , na naturez, naquilo que esta vivo ou não.

Deste sua anunciação a Umbanda teve diversas representações dos Orixás, atualemtne suas vertentes aceitam até 16 Orixas, sendo que umas cultuam apenas sete outras 8 e outras 12 e assim por diante.

QUAL FOI A PRIMEIRA DAS SETE LINHAS DA UMBANDA? 

 

Somente em 1925 (passados dezessete anos do início da umbanda) é que o senhor Leal de Souza em entrevista a um jornal do Paraná, chamado “Mundo Espírita” apresenta pela primeira vez uma codificação das Sete Linhas da Umbanda.

Segundo Leal de Souza, que vivia a Umbanda em sua origem, as Sete Linhas da Umbanda eram:

 

  1. OXALÁ;

  2. OGUM;

  3. OXOSSI;

  4. XANGÔ;

  5. IANSÃ;

  6. IEMANJÁ;

  7. AS ALMAS.

 

 De acordo com o Primeiro Congresso Brasileiro de Umbanda as linhas são chamadas de “Pontos da Linha branca de Umbanda” ou graus de iniciação e são:

 

1º grau de iniciação – ALMAS;
2º grau de iniciação – XANGÔ;
3º grau de iniciação – OGUM;
4º grau de iniciação – IANSÃ;
5º grau de iniciação – OXOSSI;
6º grau de iniciação – IEMANJÁ;
7º grau de iniciação – OXALÁ

 

Após um ano em 1942 Lourenço Braga publica sua tese chamada “Umbanda e Quimbanda”, na qual apresenta o primeiro esquema formulado e pensado das Sete Linhas da Umbanda com sete legiões para cada linha, também marca seu pioneirismo na apresentação da LINHA DO ORIENTE e das sete linhas da Quimbanda:

 

  1. Linha de Santo ou de Oxalá – dirigida por Jesus Cristo;

  2. Linha de Iemanjá – dirigida por Virgem Maria;

  3. Linha do Oriente – dirigida por São João Batista;

  4. Linha de Oxossi – dirigida por São Sebastião;

  5. Linha de Xangô – dirigida por São Jerônimo;

  6. Linha de Ogum – dirigida por São Jorge;

  7. Linha Africana ou de São Cipriano – dirigida por São Cipriano.

 

Então em 1952(pós 44 anos do inicio da religião) o Primado de Umbanda, ente federativo que tem como seu Primaz o Senhor Benjamim Figueiredo, responsável pela Tenda Mirim apresenta sua doutrina e os Sete Seres Espirituais, os chamados Orixás miores da Umbanda:

 

ORIXALÁ;

OGUM;

OXOSSI;

XANGÔ;

YORIMÁ (IOFÁ, OBALUAÊ);

YORI (IBEJI – ERÊS – CRIANÇAS);

IEMANJÁ.

 

Lourenço Braga publica o livro “UMBANDA E QUIMBANDA – VOLUME 2” em 1955, atribuindo um Arcanjo e um planeta a cada linha.

 

  1. Linha de Oxalá ou das almas – Jesus – Jupiter;

  2. Linha de Yemanjá ou das águas –Gabriel – Vênus;

  3. Linha do Oriente ou da Sabedoria – Rafael – Urano;

  4. Linha de Oxossi ou dos vegetais – Zadiel – Mercurio;

  5. Linha de Xangô ou dos minerais –Oriel – Saturno;

  6. Linha de Ogum ou das demandas – Samael – Marte;

  7. Linha dos Mistérios ou encantamentos – Anael – Saturno

 

 

Em 1956 W.W.Mata e Silva apresenta no livro “Umbanda de Todos Nós” as Sete linhas da Umbanda:

 

  1. ORIXALÁ;

  2. IEMANJÁ;

  3. YORI (CRIANÇAS );

  4. XANGÔ;

  5. OGUM;

  6. OXOSSI;

  7. YORIMÁ (LINHA DAS ALMAS, PRETOS VELHOS).

 

 

 

 

Em 1964 no livro “Okê Caboclo – Mensagens do Caboclo Mirim”, de Benjamim Figueiredo fundador da Tenda Mirim, os Orixás se dividem em menores e maiores, sendo estes últimos os regentes das sete linhas:

 

  1. OXALÁ – INTELIGÊNCIA;

  2. IEMANJÁ – AMOR;

  3. XANGÔ CAÔ – CIÊNCIA;

  4. OXOSSI – LÓGICA;

  5. XANGÔ AGODÔ – JUSTIÇA;

  6. OGUM – AÇÃO;

  7. IOFÁ – FILOSOFIA.

 

 

 

 

Em 2003, Rubens Saraceni, apresenta uma nova organização no livro “Sete Linhas da Umbanda – A Religião dos Mistérios”, esta vertente é uma das que mias cresce pelo país e internacionalmente:

 

  1. OXALÁ /OYA(LOGUNAN)– essência cristalina – FÉ;

  2. OXUM/OXUMARÈ – essência mineral – AMOR;

  3. OXOSSI/OBÀ – essência vegetal – CONHECIMENTO;

  4. XANGÔ/IANS– essência ígnea – JUSTIÇA;

  5. OGUM /EGUNITÀ– essência aérea – LEI;

  6. OBALUAIÊ/NANà– essência telúrica – EVOLUÇÃO;

  7. IEMANJÁ/OMOLU – essência aquática – GERAÇÃO/VIDA

 

 

 

 

Em 2009 no livro “Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista”, Rubens Saraceni, traz a seguinte ordenação:

 

  1. OXALÁ;

  2. OGUM;

  3. OXOSSI;

  4. XANGÔ;

  5. OXUM;

  6. OBÁ;

  7. IANSÃ;

  8. OXUMARÉ;

  9. OBALUAÊ;

  10. OMULU;

  11. NANÃ;

  12. OIÁ TEMPO;

  13. EGUNITÁ;

  14. EXU;

  15. POMBA-GIRA.

  16.  

    IEMANJÁ

 

 

Em 2010, Janaina Azevedo Corral, no livro “As Sete Linhas da Umbanda”, traz a seguinte apresentação:

 

  1. Linha de OXALÁ;

  2. Linha das ÁGUAS;

  3. Linha dos ANCESTRAIS (YORI E YORIMÁ);

  4. Linha de OGUM;

  5. Linha de OXOSSI;

  6. Linha de XANGÔ;

  7. Linha do ORIENTE

  8.  

 

Além das codificações citadas acima, existem outras, estas são as mais conhecidas e praticadas, todos tentam justificar e explicar junto com seus mentores e psuas pesquisas, como os espiritos se manifestam com tais caracteristicas.

Todos estes escritores e pesquisadores umbandistas, inspirados por seus mentores, observaram, estudaram e de acordo com suas observações agruparam as entidades espirituais em linhas, que foram em determinadas épocas separadas em falanges, legiões etc. Acreditamos que todos tenham seus méritos e devem ser lidos e estudados ,com bom senso.

 

Bibliografia:

1)Umbanda Os Sete Reinos Sagrados – Manoel Lopes – Ícone Editora
2)Umbanda Um Século de História – Diamantino Fernandes Trindade – Ícone Editora
3)História da Umbanda – Alexandre Cumino – Madras Editora
4)Umbanda de Todos Nós – W. W. Matta e Silva
5)Curso Essencial de Umbanda – Ademir Barbosa Junior – Universo dos Livros
6)Curso EAD do Núcleo Mata Verde – http://www.mataverde.org/ead

7)http://paimane.com/

Entidade da Umbanda, Guias espirituais
 
Como o nome já o indica, os Guias Espirituais de Umbanda são seres de Luz dispostos a nos guiar durante uma ou mais encarnações, no sentido de nos orientar, intuir, auxiliar e proteger (conforme as nossas reais necessidades evolutivas e o nosso merecimento!), a fim de nos ajudar a cumprir os objetivos traçados antes do nosso reencarne, e sempre em prol da nossa evolução espiritual.
Todos nós temos Guias Espirituais, independente da nossa religião. O que varia é a denominação que as diversas religiões dão a esses abnegados benfeitores (Guias, Protetores, Amparadores etc.). Diz EM MANUEL: “A mesma bondade infinita que nos socorre nos santuários espírita-cristãos, é a mesma que se expressa nos templos de outra feição interpretativa da Divina Idéia de Deus.”
Um Guia é sempre, e por definição, mais elevado do que aqueles a quem veio orientar e amparar.
Na Umbanda, em sua maioria, os Guias são espíritos humanos que passaram por várias encarnações, buscando conhecimentos, utilizando-os sempre pra o Bem e assim adquirindo sabedoria e merecimento perante o Criador e as Leis da Criação. Há, também, seres de dimensões paralelas à humana que se manifestam nos médiuns de Umbanda, com igual finalidade, pois nas respectivas dimensões eles evoluíram e alcançaram o grau necessário para essa tarefa.

Não importa a “roupagem” com que os Guias se apresentem (Preto-Velho, Caboclo, Criança, Exu, Marinheiro etc.). Por trás desses arquétipos e suas formas plasmadas vamos encontrar espíritos e seres de variados graus de conhecimento e evolução (sempre mais adiantados do que o nosso e o do médium no qual atuam), e que continuam estudando, trabalhando e se aprimorando, já que prosseguem nas suas evoluções.

Os Guias de Umbanda não “exibem” seus títulos, dons e conhecimentos. São movidos pelo ideal de ajudar aos irmãos necessitados e se enfileiram nas diversas Linhas de Trabalho da Umbanda, manifestando-se com as características dos respectivos Arquétipos. Tendo alcançado certo grau, podem “mostrar-se” com determinada forma plasmada, ou seja, moldam seus corpos espirituais com a aparência de Preto-Velho, Caboclo etc.; e usam o modo de falar, o gestual e os elementos característicos da Linha que representam porque estão autorizados a fazê-lo. Deixam de lado, muitas vezes, nomes ilustres que tiveram em determinada encarnação, para apresentar-se com o nome genérico da Linha (Caboclo etc.), numa forma silenciosa e profundamente bela de nos ensinar o desapego e a Fraternidade.

As Linhas de Trabalho da Umbanda, também chamadas de Povos da Umbanda, foram idealizadas no Astral Superior por seres de grande elevação moral e espiritual, antes que a Umbanda fosse trazida ao plano físico pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por seu médium Zélio Fernandino de Morais. O objetivo das Esferas Elevadas era socorrer a humanidade, que vinha atravessando períodos de atraso e negatividades (escravizando seus irmãos por conta de ambições e preconceitos injustificáveis; pela cobiça e o apego material excessivos; por atos  de crueldade e desprezo aos valores espirituais etc.).

Cada Linha recebeu grupos de seres e espíritos afins, já portadores de um determinado grau de elevação espiritual, conhecimentos e especialidades, que os habilitavam a atuar em áreas específicas; então se organizando o Trabalho Espiritual de Umbanda que cada Linha viria a realizar. Com o tempo, outros seres e espíritos foram e continuam sendo admitidos, aumentando os seus quadros e potencial de ajuda.

As Linhas de Umbanda atualmente conhecidas e mais atuantes na Direita são: Caboclos,Pretos-Velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Malandros, Marinheiros e Sereias. 
 
Esquerda, ou Quibanda temos: Exus, Pombagiras e Exus Mirins, caboclos Quibandeiros, Pretos-Velho Quibandeiros.
 
Os Guias nos sugerem bons pensamentos, palavras e atitudes, inspirando-nos sempre para a prática do Bem; ouvem nossas queixas e nos estimulam a buscar soluções, sem deixar de trazer consolo e esperança para os nossos momentos de aflição; quando necessário, falam com severidade e nos alertam para a necessidade de revermos e corrigirmos pensamentos e atitudes negativas que nos afastam do caminho da Luz.

Por sua elevação e nobreza, não ficam conosco durante todo o tempo. Não ficam à nossa disposição porque isto atrapalharia o nosso progresso espiritual. Não podem fazer por nós o que é tarefa nossa. Até porque, quando nos omitimos em buscar conhecimentos e soluções, ou quando insistimos numa conduta inadequada à nossa evolução, assumimos perante a Lei e a Justiça Divinas as consequências disso; e os Guias não podem interferir em nosso livre arbítrio. Depende de cada um de nós a busca e o desenvolvimento da Fé, da autoconfiança e da autoestima; o que pode ser alcançado a partir do autoconhecimento e pela aquisição de sentimentos e pensamentos mais puros e de cultura nobre.

Os Guias Espirituais são, por assim dizer, “nossos Irmãos mais velhos”, que por esforço próprio adquiriram conhecimento, sabedoria e merecimento, e que agora voltam para auxiliar o nosso progresso, aplicando em nosso benefício tudo quanto aprenderam.

Eles nos auxiliam principalmente quando nos ensinam sem alarde, pelos seus exemplos de fé, paciência, humildade, dedicação, determinação, coragem, perseverança, carinho e tantas outras virtudes que já adquiriram.

Precisamos amá-los, respeitá-los e compreender que não é tarefa deles nos carregar nos ombros e nem fazer “mágicas” que resolvam nossos problemas.

O compromisso dos Guias Espirituais perante o Divino Criador, a Lei e a Justiça Divinas é apenas o de nos orientar e estimular, para percebermos que nós mesmos somos capazes de desenvolver nossas potencialidades e, através delas, encontrar as soluções para as nossas dificuldades do momento.   

A simples presença de um Guia Espiritual demonstra a continuidade da vida depois da morte física e, só por isto, revela que os nossos esforços têm uma razão de ser, que nada é perdido, e que estamos construindo continuamente a nossa evolução e a nossa felicidade.

O Guia Espiritual de Umbanda é o Sagrado que chega até nós, pelos vários Caminhos de que dispõe o Divino Criador; e sempre usando de uma linguagem simples e compreensível a todos, para despertar em nós o sentimento de Irmandade e Fraternidade.

Quando nos faltam meios para a solução de uma dificuldade, aí sim, os Guias podem agir, mas sempre em obediência à Lei do Criador (na quebra de magias negativas, no afastamento e doutrinação de espíritos vingativos, na cura de enfermidades etc.). E ainda nos alertando de que precisamos, muitas vezes, é modificar o nosso padrão mental, emocional e as nossas atitudes, para entrarmos numa sintonia mais positiva e evitarmos atrair influências desequilibradoras e nocivas.

Ainda a respeito dos Arquétipos da Umbanda, RUBENS SARACENI explica que: “Os guias espirituais umbandistas incorporam com suas formas arquetípicas definidas logo no início da expansão da Umbanda, quando os espíritos se apresentavam como sendo Caboclos (as), Índios (as), Pretos (as) Velhos (as), Crianças, ou como Exus, Pombagiras, Caboclos Boiadeiros, Baianos e Marinheiros, abdicando de seus nomes antigos e assumindo nomes de correntes de espíritos. Os nomes coletivos servem tanto para ocultar suas identidades como para determinar seu grau e sua forma de trabalhar, e como devem falar e apresentar-se quando incorporam em seu médium. Desde que os centros umbandistas, kardecistas e demais segmentos espiritualistas os aceitem, eles incorporam regularmente e passam a dar consultas e a realizar trabalhos em benefício das pessoas, não se preocupando com a crença delas, pois, para os guias espirituais, o que importa é o ser em si, e não a religião ou a doutrina que ele siga. Os Pretos velhos vinham dos Cultos de Nação então existentes, englobados hoje no Candomblé. Os primeiros Pretos Velhos ti¬nham seus nomes associados aos de Países Africanos tais como: Congo, An¬go¬la, Cambinda, Mina, Keto etc. Os Caboclos vinham da religião in¬dígena aqui existente e seus nomes aludiam às Tribos. Os primeiros Caboclos apresen¬tavam-se com nomes como: Caboclo Aymoré, Tupi, Tupiniquim, Tupinambá etc. Mais adiante vieram as Crianças ou Erês (os gêmeos africanos). Na Direita, apresentavam-se com nomes de Santos, no diminutivo: Pedrinho (São Pedro), Joãozinho (São João), Mariazinha (San¬ta Maria), Glorinha (Nossa Senhora da Glória), Tiãozinho (São Sebastião) etc. Já na Esquerda apre¬sentavam-se com os nomes dos Exus, no diminutivo”.
 

Bibliografia:

1)Umbanda Os Sete Reinos Sagrados – Manoel Lopes – Ícone Editora

2) OS Arquétipos de Umbanda -Rubens Saraceni - Madras Editora

3)http://toquedeumbanda.com/

4)www.mataverde.org

 
 
 

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